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Startups: um mercado que não para de crescer

POST-O-TEMPO

O termo startup surgiu nos Estados Unidos durante o período da bolha da internet, entre 1996 e 2001, e traduzia a união de grupos de pessoas com ideias diferentes em torno de um trabalho rentável. Muito associado ao universo digital e de tecnologia, 60% dos investidores estão interessados em startups de TI, segundo a Anjos do Brasil.

No país, as startups têm ganhado mercado vertiginosamente nos últimos cinco anos. Na contramão da crise, o pessimismo que toma conta de setores tradicionais da economia brasileira passa longe dos olhos dos investidores quando o assunto é startup. Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o país possui, hoje, mais de três mil startups. A maioria está em São Paulo (1158), seguida por Minas Gerais (335), Rio de Janeiro (318), Rio Grande do Sul (204) e Paraná (175).

Esses negócios têm no comando jovens empreendedores visionários que não têm medo de arriscar. Eles oferecem ao mercado produtos inovadores, muitas vezes desenvolvidos por equipes bem reduzidas, e que as grandes empresas não conseguiram ou não tiveram coragem de colocar no mercado, por conservadorismo ou por e acreditarem que “em time que está ganhando não se mexe”. Com esse pensamento, elas perdem oportunidades de serem pioneiras em novas soluções e deixam escapar profissionais com grande capacidade de inovação que, frustrados por falta de apoio e incentivo, buscam seus próprios caminhos nas startups.

Com o crescimento acelerado desse mercado, até os gigantes da tecnologia estão mais atentos às stratups, como o Google. O “Think With Google”, evento anual promovido no país, abordou na edição de 2015 a aceleração tecnológica, digitalização das empresas e a internet como pilar do crescimento econômico ou da relação entre oferta e demanda no mundo digital. Um dos workshops, inclusive, foi focado em empreendedores.

Em Portugal e na Europa, o Google também acompanha o movimento das startups, pois elas criam mais empregos, alguns altamente qualificados. Hoje, o Google Portugal tem parcerias com cerca de 15 startups. Nuno Pimenta, Industry Manager da empresa no país, disse em entrevista que é  do interesse da operação da organização apoiar esses novos negócios.

No Brasil, o Google promete inaugurar o Campus Google, no coração de São Paulo, na Av. Paulista. O escritório colaborativo vai estimular o ensino do empreendedorismo, a formação de redes de contatos entre empreendedores e o nascimento de empresas de alto impacto, ou seja, que tenham uma proposta inovadora, com forte potencial para crescimento rápido.

Assim, é hora dos empresários também acreditarem nas soluções oferecidas ao mercado pelas startups. Justamente por terem equipes menores e não possuírem a fama das gigantes, especialmente no mercado de tecnologia, além oferecerem melhor custo X benefício em seus produtos, mais inovação, atendimento próximo e customização.